Além do .NET

sábado, dezembro 13, 2014

Postach.io

Tem tempo que eu quero voltar a postar. Um dia desses encontrei o Postach.io que parece ser bem interessante. Trata-se de uma plataforma de blogger que usa o Evernote integrado. Bem, como eu uso muito o Evernote achei que seria uma boa testar essa ferramenta e voltar a escrever algumas coisinhas por ai.

http://luizcorrea.postach.io/

Estou configurando ele agora... tudo bem simples. 
No inicio vou migrando alguns posts daqui pra lá, vai ser legal reler esses textos antigos.
Mas logo pretendo voltar a escrever com uma certa regularidade.

domingo, março 04, 2012

O que é Software?

No final do livro ‘Princípios, Padrões e Práticas Ágeis em C#’, mais precisamente no apêndice B, tem um longo artigo de Jack Reeves. Antes do artigo tem um texto introdutório muito interessante que vou trascrevê-lo aqui.

Ainda lembro onde estava quando tive a ideia que resultou no artigo a seguir. No verão de 1986, trabalhava como consultor temporário no China Lake Naval Weapons Center na Califórnia. Lá, tive a oportunidade de participar de uma mesa-redonda sobre Ada. Em um dado momento, alguém do público fez a pergunta típica: “Os desenvolvedores de software são engenheiros?”. Não lembro a resposta, mas recordo que ela não parecia tratar da questão de fato. Assim, comecei a pensar sobre como eu responderia a essa pergunta.

Não sei exatamente como, mas algo na discussão decorrente me trouxe à lembrança de um artigo que havia lido na revista Datamation, quase 10 anos antes. Aquele texto apresentava um fundamento lógico para o motivo pelo qual os engenheiros precisavam ser bons redatores (acho que era sobre isso – foi há muito tempo), mas a conclusão mais importante a que cheguei com sua leitura foi a alegação do autor de que o resultado final de um processo de engenharia era um documento. Em outras palavras, os engenheiros produziam documentos e não coisas. Outras pessoas pegavam esses documentos e produziam coisas.

Então, minha mente errante fez a pergunta: “De toda a documentação que os projetos de software normalmente geram, haveria algo que poderia ser realmente considerado um documento de engenharia?”.

A resposta que me ocorreu era “SIM, havia tal documento, e apenas um – o código-fonte”.

Olhar o código-fonte como um documento de engenharia – um projeto – virou de cabeça pra baixo minha visão sobre a profissão que escolhi. Isso mudou o modo como eu via tudo. Além disso, quanto mais eu pensava a respeito, mais achava que isso explicava uma grande quantidade de problemas que os projetos de software normalmente encontravam. Ou, mais exatamente, achava que o fato de a maioria das pessoas não entender essa distinção ou rejeitá-la vivamente explicavam muitas coisas…

Eu penso exatamente assim, e não é de hoje. Na verdade desde 2009 quando eu vi esse excelente screencast do Akita, onde ele fala justamente dessa outra forma de encarar o desenvolvimento de software, que eu entendi o porque de ainda estarmos na famosa crise do software.

Esse espanto relatado pelo autor também senti, foi um verdadeiro “momento Eureka”. Percebi que tudo o que haviam me ensinado em parte não fazia sentido nenhum no mundo do Software, e daquele dia em diante eu mergulhei de cabeça no mundo Agile.

Parece mentira, mas estamos em 2012, o Manifesto Ágil já tem mais de uma década bem como o texto que eu transcrevi de Jack Reeves. A tecnologia avança de uma forma alucinante, mas ainda continuamos a desenvolver software como fazíamos no século XX.

Claro que as empresas que lideram o mercado como Google, Facebook, Microsoft e Apple, já entenderam isso faz tempo, encaram desenvolvedores como Engenheiros de fato, e é justamente por esse motivo que são o que são.

Então, que tal começar a entender o que realmente é e como deve ser feito um Software?! Acho que já está mais do que na hora, né? O mercado e a sociedade agradecem…

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sábado, fevereiro 18, 2012

[Off Topic] Anos Incríveis

Estou revendo uma série que marcou a minha vida chamada Anos Incríveis…

Enquanto Kevin Arnold comentava seus sentimentos sobre a sua paixão pela professora, no episódio da segunda temporada: “A Senhorita White” - relembrei exatamente de como me sentia ao ver a série nos meus 12 anos de idade (ou algo bem próximo disso).

Revisitar esses sentimentos me fizeram pensar sobre como essa série, de certa forma, moldou o meu caráter.

Kevin era como um amigão pra mim, que sabia se expressar muito melhor do que eu sobre eventos do seu cotidiano que, pasmem, eram os mesmos eventos que aconteciam comigo! (tá bom vai, muito parecidos)…

É fantástico poder estar novamente com esse meu grande amigo! E foi então que eu pensei: “E se eu guardasse esses vídeos para mostrar para o meu filho?”

Fiquei pensando nisso durante todo o episódio.

Lembrei que o meu pai nunca me mostrou nada da sua infância, algo que tivesse marcado a sua vida quando criança. Contou sim algumas histórias, mas ele nunca se “intrometeu” na construção do meu caráter nesse sentido. Deixou sempre que eu buscasse os meus heróis e as minhas séries, as minhas histórias, as minhas músicas, enfim…. Inclusive muitas dessas séries ele acompanhava comigo.

Imaginei o seguinte: Toda aquela forma do Kevin pensar e agir era bem parecida comigo, mas não será necessariamente parecida com o meu filho.

Fez sentido pra mim “viver” aquele personagem, mas será que fará sentido par ao meu filho?

A verdade é que queremos ao máximo controlar as experiências que nossos filhos irão ter, mas tentar isso pode ser um passo gigantesco em direção a frustação…

Acho que pode ser muito mais valioso para o relacionamento pai-filho acompanhar a forma como seu filho experimenta a vida, no tempo e no ritmo que ele escolher, ao invés de interferir nessa parte mágica e essencial do crescimento.

Meu filho vai ter os jogos, seriados e canais do youtube próprios da geração dele, seja isso bom ou não, terei que respeitar a forma como ele irá formar seu caráter e seus valores.

Acho que todo pai deveria colocar-se na pele de aprendiz juntamente com o seu filho, auxiliando ele nessa incrivel arte de crescer e aprender. Certamente deve ser uma experiência incrivel para ambos, e uma forma lúdica de criar laços firmes entre pais e filhos. Veremos…

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domingo, fevereiro 12, 2012

[OFF Topic] Agora teremos off topics!

O fato desse blog chamar-se Além do .NET me dá uma certa liberdade para, inclusive, não falar nada sobre .NET.

A verdade é que artigos e coisas interessantes sobre essa incrível tecnologia existem aos montes pela net afora.

Mas mesmo assim acho importante marcar como Off Topic posts não relacionados com tecnologia, e assim o farei.

Pensei em criar um outro blog, mas acho que a minha vida profissional está cada vez mais relacionada com a pessoal e, enfim, isso é assunto para um outro off topic.

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quinta-feira, agosto 12, 2010

Será que agora o Waterfall é enterrado de vez?

No segundo dia de palestras do AgileBrazil, Philippe Kruchten fez a melhor apresentação do evento, na minha opinião. Resumindo muito, ele ressaltou que é necessário contextualizar o Agile, ou seja, Agile sem contexto não é nada.

Ao longo do keynote ele fundamentou perfeitamente as suas idéias, defendeu o Waterfall dizendo que em determinados contextos ele faz sim muito sentido. Na minha opinião uma visão dessas, fundamentada como ele o fez, só pode vir de uma mente Agile…

Mesmo achando que ele estava certo, defendendo o Waterfall em algumas situações, ainda acredito que o Cascata deve ser a última opção quando o assunto é Desenvolvimento de Software.

Por pensar dessa forma achei muito interessante esse artigo. W. Royce, que aparece no vídeo do artigo, é intitulado como o criador do Waterfall, mas na verdade no seu paper (que deu oriem ao Cascata) ele apenas cita o Waterfall e enfatiza os problemas dessa abordagem, mostrando soluções de iterações para amenizar tais problemas.

O artigo fala de um evento da IBM onde a Agilidade foi o assunto principal, e uma das palestras foi de W. Royce. Para mim ter W. Royce em um evento da IBM falando sobre Agile significa muito!

O autor ainda brinca dizendo estar supreso pelo fato da IBM estar tomando partido do Agile, defendendo que essa é a melhor opção dentro do mundo do Desenvolvimento de Software.

Espero que isso seja mais uma pá de terra em cima do Waterfall, e mais bons frutos nascendo do Agile.